O saldo da balança comercial brasileira no primeiro trimestre de 2016 está positivo em US$ 8,4 bilhões. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que o resultado é o terceiro melhor da história, atrás apenas dos registrados para o primeiro semestre de 2006 e 2007. A balança também teve saldo positivo de R$ 4,435 bilhões em março, o melhor para o mês desde 1989.
O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do ministério, Herlon Brandão, esclareceu que o superávit é decorrente da queda das importações em ritmo mais acelerado que as exportações, fenômeno verificado desde o ano passado. Para 2016, o governo mantém a estimativa de superávit de US$ 35 bilhões.
"O superávit de março, que é histórico, se dá por conta de uma queda da importação superior à da exportação. A queda da importação está mais associada à [queda na] atividade econômico e câmbio [pois o dólar em alta encarece as importações]. No caso das exportações há uma redução de preços, devido ao desaquecimento da economia mundial e também maior oferta. Mas, por outro lado, continuamos com crescimento do volume exportado e isso é bem significativo", afirmou Brandão.
Com relação aos destinos, o Brasil aumentou em março exportações para a China (12,3%), Oriente Médio (12%) e Canadá (8,8%), na comparação com o mesmo mês de 2015. Do lado das importações, a crise econômica provocou queda das compras feitas pelo Brasil junto à maior parte de seus parceiros comerciais.
As exceções foram Canadá, de quem o Brasil comprou 41,7% a mais do que em março de 2015, e Oriente Médio, com alta de 10,5%. Conforme Herlon Brandão, o país importa principalmente fertilizantes desses dois locais.
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