A crise na qual o Brasil se encontra mergulhado hoje é o reflexo de grande parte da classe política que se encontra hoje exercendo seus mandatos em Brasília. Devemos entender que uma crise política e institucional como essa que estamos atravessando gera consequências inimagináveis.
Não se pode exercer cargo político primando pelos interesses pessoais e sim pela coletividade. Hoje podemos observar que o Brasil realmente está falido, mas não financeiramente e sim moralmente. Financeiramente o nosso País tem um poder de recuperação muito além do que imaginamos.
Mas para engrenagem social funcionar é necessário que cada um exerça suas funções, é uma fórmula simples. É preciso que o legislativo trabalhe elaborando e votando as medidas e reformas necessárias, que o executivo tenha condições de trabalhar e aponte o caminho administrando e executando as políticas públicas, que a justiça coloque as leis em prática dirimindo os conflitos.
Quando essa equação não está balanceada o resultado sempre vai ser esse que estamos vendo e vivenciando, crise econômica como reflexo da crise institucional e, nesse contexto, o empresariado nacional tem prejuízo, demite e faz a população, que é a roldana mais fraca da engrenagem, sofrer as consequências de forma imediata.
A democracia nada mais é que um contrato social firmado, no nosso caso a Constituição, onde os indivíduos abrem mão de alguns direitos em nome de um conjunto de regras, buscando obter vantagens de ordem social.
No nosso caso o acordo todos os dias é quebrado, pois a nossa constituição está sendo rasgada em nossa cara e não estamos fazendo nada. Medidas unilaterais e totalitárias vem sendo tomadas por alguns magistrados, e não podemos tomar o todo por alguns, que se fossem tomadas por um presidente seria logo chamado de ditador.
Está na hora de nossa máxima corte baixar a venda, transformar os pratos da balança em escudo e empunhar a espada na busca da restauração do estado democrático de direito e da ordem social. Pois estamos em momento de guerra e se essa não for travada no campo das idéias de forma coerente, corremos o risco de ser travada nas ruas com muitas vidas ceifadas, pois o ódio disseminado e a intolerância repercutida pela mídia nacional estão a cada dia nos empurrando para isso.
O judiciário ainda é a instituição que pode tomar as rédeas da situação, colocando na cadeia todos, mas digo todos, os ladrões e usurpadores do patrimônio nacional, sejam eles do legislativo, do executivo, do empresariado ou do próprio judiciário. Mas isso deve ser feito de forma coerente, respeitando as regras, deixando os shows pirotécnicos da mídia nacional não influenciarem nas decisões.
Está na hora do País começar a funcionar e retomar o crescimento, mas para isso se faz necessário que as instituições funcionem e o povo não seja massa de manobra nas mãos de alguns que desejam o retrocesso político do Brasil.
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