A crise política que vem tomando conta do País através de escândalos sucessivos com danos ao erário público chega ao nosso estado. Depois da operação Candeeiro que nos últimos dias envolveu o nome do Deputado Ricardo Motta, agora foi deflagrada uma investigação na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Através do levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado foram detectados 296 servidores que acumulam cargos em outros órgãos públicos, mas o problema não para por aí, quando se meche em vespeiro o resultado sempre é inesperado.
Os desdobramentos resultaram na identificação de vários servidores comissionados que não dão expediente e recebem salários astronômicos, muitos chegam a mais de R$ 9.000,00 por mês. A Assembléia tem hoje 379 cargos de provimento efetivo e um total de 2.592 de livre nomeação e exoneração (comissionados).
Segundo o Procurador Thiago Martins Guterres, essa situação denota uma “notória desproporção”, o que ao seu ver “Trata-se, a princípio, de uma realidade administrativa incongruente com a necessária prevalência do mandamento constitucional do concurso público, o qual, embora tolere estritas mitigações, sempre deverá constituir baliza modeladora do serviço público”.
Um pedido de auditoria já foi protocolado e muitas novidades ainda podem aparecer caso seja autorizado. A sociedade espera que essa irregularidade seja sanada e que os responsáveis sejam punidos.
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